Agência Fiocruz de Notícias: Ecologia e saúde caminham juntas no Cerrado - Publicado em 12/08/2013
- PCMC Brasil
- 28 de mai. de 2024
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Atualizado: 19 de fev.
No Programa de Conservação Mamíferos do Cerrado, IOC investiga o papel de canídeos e felinos silvestres na transmissão da doença de Chagas e das leishmanioses
Uma das savanas mais ricas em biodiversidade do planeta, o Cerrado brasileiro constitui o segundo maior bioma da América do Sul e permanece como guardião de patrimônios naturais de relevância econômica e genética. Porém, ao mesmo tempo em que abriga riquezas naturais – as nascentes das maiores bacias hidrográficas nacionais, 5% de todas as espécies do mundo e um terço das brasileiras – o território é habitado por parasitos causadores de doenças tropicais e seus respectivos vetores. Em municípios como Araguari (MG) e Cumari (GO), que apresentam casos de leishmanioses e ciclo silvestre de transmissão do Trypanosoma cruzi, agente etiológico causador da doença de Chagas, poucos quilômetros separam raposas, cachorros-do-mato e jaguatiricas de homens, cães e gatos domésticos. Nesse circuito, todos se tornam importantes elementos da cadeia de transmissão, sendo os animais possíveis reservatórios de parasitos. Essa arriscada coabitação é resultado de décadas de intensas intervenções humanas, envolvendo a agricultura, o desmatamento, a pecuária e a urbanização, que reduziram o Cerrado à metade de sua vegetação original e o fragmentaram em porções que, hoje, estão dispersas em oito estados brasileiros. Confira aqui o blog do repórter fotográfico Adriano Gambarini, da revista National Geographic, que acompanhou a expedição.
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