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Mongabay Brasil: Onças-pardas ‘detetives’ viram trunfo para conservação entre Cerrado e Mata Atlântica

  • Foto do escritor: PCMC Brasil
    PCMC Brasil
  • 9 de abr.
  • 2 min de leitura

Reportagem de Letícia Klein - publicada em 09/04/2025


Foto: @fredgemesiolemos


  • Projeto em Goiás monitora distâncias percorridas por onças-pardas, também chamadas de suçuaranas, para entender como a espécie vive em ambientes modificados pela atividade humana.

  • O mapeamento é visto como fundamental para fortalecer a pesquisa no Corredor Ecológico que se estende entre dois importantes parques estaduais de Goiás, um no Cerrado e outro na Mata Atlântica.

  • Batizado de Suçuaranas Detetives, o projeto é parte de uma iniciativa mais ampla que envolve ensino e conscientização popular sobre convivência pacífica entre comunidades rurais e os ecossistemas das regiões centrais do país.


Corumbá, uma onça-parda macho batizada em homenagem ao rio homônimo que nasce no estado de Goiás, viveu uma longa jornada no coração do Brasil. O felino partiu do Parque Estadual da Mata Atlântica (Pema), localizado no município de Água Limpa, a cerca de 250 quilômetros da capital Goiânia, atravessou fazendas e cruzou fragmentos de vegetação até chegar a outra unidade de conservação (UC) no sudeste goiano. Ao entrar no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (Pescan), permaneceu por algum tempo, e depois seguiu viagem.


Ao todo, durante os onze meses em que foi monitorado com uma coleira rádio-transmissora GPS, o animal andou mais de 120 quilômetros – de Água Limpa ao município de Cromínia. Os dados foram coletados até julho de 2023, quando o dispositivo ficou sem bateria e se soltou do pescoço de Corumbá.


“[O felino] se movimentou lindamente na paisagem, e vimos os fragmentos entre os dois parques por onde se deslocou. Com isso, conseguimos atribuir a esses locais um grau de prioridade para a conservação da biodiversidade, tendo a onça-parda como uma ‘ferramenta’ para indicar quais áreas são essas”, explica a bióloga Fernanda Cavalcanti de Azevedo, coordenadora-executiva do Programa de Conservação Mamíferos do Cerrado (PCMC), vinculado à Universidade Federal de Catalão (UFCAT).


Desde 2009, o grupo conduz trabalhos de pesquisa e extensão em regiões centrais do Brasil para entender como as espécies nativas do Cerrado, principalmente as carnívoras, relacionam-se com áreas modificadas pela atividade humana. Duas delas são consideradas essenciais pelo PCMC: a raposa-do-campo (Lycalopex vetulus), estrela do projeto Raposinha do Pontal, e a onça-parda (Puma concolor), uma das protagonistas do projeto Suçuaranas Detetives.




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